Há quem diga que traduzir saudade para outra língua é impossível. Que só o português brasileiro consegue definir em uma palavra o que ela representa. O dicionário diz que é uma recordação nostálgica e suave. Mas, então, como explicar que saudade dói?
Saudade dói porque deixou de existir. Dói porque mesmo tão presente, já é passado.
A série de fotografias Sobre Pôr foi feita para lidar com a saudade.
Sem nomes, sem localização, sem marcações. Comum. Ao mesmo tempo em que é passado, pode ser futuro. Futuro das cidades que queremos construir. Cidades a pleno, a pé e em movimento. Somos feitos dos lugares em que vivemos, mas em quais lugares queremos viver?
Aqui. Lá. Em qualquer lugar
A série foi exposta na Galeria de Arte do DMAE e na Fundação Sicredi, em Porto Alegre, foi selecionada para participar das projeções noturnas do Festival de Fotografia de Tiradentes, em Minas Gerais, e foi publicada em uma edição da Revista Old.